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Observabilidade orientada ao negócio: medir o que realmente importa

Com a explosão dos dados operacionais nos últimos anos, muitas empresas vivem hoje uma falsa sensação de controle. Dashboards robustos exibem centenas de KPIs técnicos, alimentando relatórios semanais e reuniões de acompanhamento. Mas, em meio a tantos gráficos verdes e números estáveis, surge uma pergunta incômoda:

Estamos realmente medindo o que impacta o cliente e o negócio?


Essa é uma provocação fundamental em tempos de transformação digital. Muitas vezes, o time de tecnologia celebra a disponibilidade de 99,9%, enquanto o cliente abandona o carrinho por lentidão na página de checkout. Ou o deploy entra no ar com sucesso, mas uma falha sutil derruba a conversão em uma etapa crítica do funil.

É aqui que entra um novo paradigma: a observabilidade orientada ao negócio.


Muito além dos KPIs técnicos

Tradicionalmente, a observabilidade sempre esteve associada à saúde da infraestrutura. Monitorar latência, uso de CPU, erros e logs são práticas essenciais, mas que não contam toda a história.


O problema é que a maioria dessas métricas são operacionais — úteis para identificar problemas técnicos, mas pouco eficazes para revelar o impacto real no usuário final.


O sistema pode estar operando dentro dos parâmetros esperados, e ainda assim a experiência do cliente ser ruim.


Exemplos comuns de falhas silenciosas:

  • O tempo de resposta de uma API está aceitável, mas a tela principal do app demora 4 segundos para carregar;

  • Um deploy é concluído sem erro, mas afeta negativamente a performance de uma funcionalidade estratégica;

  • Um fluxo de conversão está íntegro tecnicamente, mas usuários o abandonam por lentidão ou inconsistência de comportamento.


Ou seja: tudo parece certo nos gráficos, mas algo está errado na experiência.


observabilidade

A nova abordagem: observabilidade com foco em valor

A proposta aqui não é ignorar os indicadores técnicos — eles continuam sendo fundamentais. Mas é preciso ir além. A observabilidade moderna conecta os dados operacionais aos indicadores de negócio.


Isso significa entender, por exemplo:

  • Qual é o impacto de uma falha ou lentidão sobre a taxa de conversão?

  • Quais trechos do sistema mais afetam o NPS?

  • Como a performance de novas versões interfere no ticket médio?

  • Qual o custo de uma queda de 1% na disponibilidade do checkout?


Essas perguntas exigem uma abordagem integrada entre produto, engenharia e negócio. Exigem dashboards que não apenas mostrem “o que quebrou”, mas “o que está em risco”.


Métrica boa é métrica que acende o alerta certo

Nem todo dado é útil. Métrica boa é aquela que gera decisão no tempo certo, e isso vale ainda mais para times que atuam com autonomia e ciclo de entrega ágil.


Por isso, organizações mais maduras em observabilidade adotam modelos que priorizam:

  • A experiência do usuário em pontos-chave da jornada;

  • Os impactos financeiros de falhas técnicas;

  • A correlação entre performance e resultado;

  • A visualização simples e prática para tomada de decisão.


Não se trata de medir tudo, mas de medir melhor.


Por onde começar na observabilidade?

Se você está repensando a maturidade da sua estratégia de observabilidade, aqui vão três movimentos possíveis:

  1. Mapeie a jornada do cliente: identifique os momentos críticos da experiência e relacione-os a métricas técnicas e indicadores de negócio.

  2. Revise seus dashboards: substitua ou complemente os indicadores genéricos por métricas que respondam à pergunta “isso afeta o cliente?”.

  3. Conecte dados a decisões: crie alertas e visualizações que permitam ação rápida quando uma métrica relevante sair do padrão esperado.


Esse processo não é simples, mas é essencial para garantir que a TI esteja verdadeiramente a serviço do negócio.


A Evoluum pode te ajudar

Na Evoluum, aplicamos práticas modernas de observabilidade com foco em resultado. Isso significa ir além do monitoramento técnico e construir sistemas que realmente entregam valor para quem importa: o cliente.


Com ferramentas robustas (como IBM Instana), alinhamento estratégico com os times e uma mentalidade orientada a produto, ajudamos empresas a transformarem dados em decisões — e decisões em vantagem competitiva.


Conclusão

Se a sua estratégia de monitoramento não está revelando o que impacta o negócio, você está só olhando para o espelho retrovisor.


A pergunta certa não é “estamos monitorando?”, mas “estamos melhorando?”.

Com observabilidade orientada ao negócio, sua empresa ganha clareza, velocidade e foco no que realmente importa.


Quer transformar seus dados em decisões estratégicas? 


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