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A Transformação Digital acabou ou só evoluiu? A verdade por trás da nova era da IA

Durante muito tempo, “transformação digital” foi o principal movimento estratégico dentro das empresas. Modernizar sistemas, levar aplicações para cloud, integrar dados, redesenhar processos, tudo isso guiou o mercado por mais de uma década.

Mas nos últimos dois anos, algo mudou: a Inteligência Artificial tomou o palco e parece ter se tornado o grande destino final.


Essa percepção levantou uma pergunta que inspirou nosso último webinar, conduzido por Hugo Azevedo (HopAI) e Rafael Boiko (Evoluum):

“A Transformação Digital acabou?”


A resposta, como ficou claro na conversa, é muito mais estratégica do que tecnológica.

tranformação digital

A era da IA não substitui a Transformação Digital, ela exige maturidade digital

Enquanto muitas empresas aceleram a adoção de IA, poucas se perguntam se sua fundação está preparada. Antes de falar em agentes autônomos, copilotos e automações profundas, é necessário olhar para os pilares que sustentam tudo isso: arquitetura, governança, dados, integração e observabilidade.


Hugo resumiu perfeitamente esse ponto:

“Quando a tecnologia muda rápido demais, é natural que as empresas acreditem que precisam correr. Mas correr sem uma base sólida só faz acelerar o problema.”

A Transformação Digital não desapareceu, ela se tornou o alicerce invisível para qualquer iniciativa de IA funcionar com segurança, escala e retorno real.


O perigo do salto sem base digital

Se antes a transformação digital era tratada quase como um projeto, hoje ela é o plano de fundo de toda decisão estratégica. E a corrida pela IA expôs isso de um jeito implacável.


Rafael explica:

“Se a empresa não resolve as dores estruturais, dados desorganizados, processos inconsistentes e falta de integração, a IA se torna uma amplificadora dessas falhas. Ela não corrige o que não funciona. Ela acelera.”

O salto para IA sem resolver o passado digital cria riscos claros:

  • decisões automáticas incorretas, porque os dados de origem estão errados;

  • custos descontrolados com cloud e modelos consumindo recursos sem governança;

  • baixa confiabilidade para escalar automações em ambientes críticos;

  • perda de competitividade por falta de consistência operacional.


A mensagem é simples: IA não substitui a transformação digital, ela cobra maturidade digital.


Resistência à mudança: um fenômeno previsível (e normal)

Durante o webinar, um ponto chamou atenção: a resistência não vem apenas das áreas técnicas, mas principalmente das áreas de negócio.

E isso não é um problema, é o cenário esperado.


“14 anos trabalhando com tecnologia me mostraram que a maior resistência não é à ferramenta. É ao impacto que ela provoca nas pessoas e na rotina delas”, — diz Rafael.

O desafio não é apenas tecnológico. É cultural. E por isso, projetos de transformação, com ou sem IA, precisam ser conduzidos com clareza, comunicação e expectativas realistas.


IA não cria futuro em cima de passado mal resolvido

Um dos trechos mais fortes do webinar foi quando Hugo reforçou:

“Muitas empresas acreditam que IA é o atalho. Mas IA não cria futuro em cima de passado mal resolvido. Ela depende do estado atual da sua casa.”

Essa é a virada de chave que o mercado precisa entender.


Se os dados são inconsistentes, os modelos serão inconsistentes.Se a arquitetura é frágil, a automação será frágil.Se a governança não existe, o risco escala mais rápido do que o benefício.


E aqui entra a importância dos quatro alicerces da maturidade digital que surgiram na conversa:

  1. Arquitetura preparada para mudanças rápidas;

  2. Dados organizados, confiáveis e contextualizados;

  3. Observabilidade para entender impacto, risco e experiência;

  4. Governança para escalar IA com segurança e responsabilidade.


Sem isso, a IA vira um experimento caro, não uma vantagem competitiva.



Observabilidade e FinOps: os pilares silenciosos da era da IA

Um ponto central do webinar é que IA só entrega valor quando a camada de base (arquitetura + dados + integrações) está madura. E isso só é possível com dois elementos-chave:

Observabilidade

Responsável por responder rapidamente:

  • onde está o risco agora,

  • por que aconteceu,

  • e qual impacto isso tem no negócio.

Sem visibilidade contínua, projetos de IA operam às cegas.

FinOps

Responsável por garantir que o uso de cloud, essencial para IA, seja eficiente, controlado e alinhado ao orçamento estratégico. Sem FinOps, a IA escala custo, não valor.


Transformação Digital não acabou. Ela evoluiu.

Ao longo do webinar, ficou claro que o conceito não desapareceu, ele apenas mudou de forma.


Se antes transformação digital significava migração, digitalização e modernização, agora ela significa:

  • capacidade de evoluir continuamente;

  • infraestrutura preparada para comportar IA;

  • dados governados e integrados;

  • operações inteligentes e automatizadas;

  • equipes alinhadas a uma visão de longo prazo.


A explosão da IA não encerrou a transformação digital, ela elevou o nível de exigência.


Conclusão: O novo papel das empresas na era da IA

A pergunta inicial, “a transformação digital acabou?”, se transforma em outra:

As empresas evoluíram o suficiente para aproveitar tudo que a IA pode entregar?

A resposta, hoje, ainda é “nem sempre”.


Mas com base sólida, governança, observabilidade, FinOps e clareza estratégica, é possível construir uma jornada de IA sustentável, escalável e alinhada ao impacto real no negócio.


E é esse o movimento que as organizações estão prestes a enfrentar, não o fim, mas a evolução da transformação digital.


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